Asma

O que é?

A asma é uma inflamação crônica dos brônquios, também conhecida como bronquite crônica. Isso não significa que todas as bronquites são asmas, pois há outros fatores que podem causar inflamação nos brônquios, como infecções virais, que provocam bronquites ou bronquiolites agudas.

Sintomas

A maioria dos asmáticos apresenta sintomas como tosse, chiado no peito, falta de ar, cansaço desproporcional ao esforço, limitação na prática de exercícios ou esportes, desconforto respiratório durante o sono e despertares noturnos com sensação de sufocamento. Esses sintomas costumam ser intermitentes, surgindo em diferentes intensidades e, muitas vezes, melhoram sem intervenção. No entanto, quando os sintomas se agravam, podem levar a crises de insuficiência respiratória.

Diagnóstico

O diagnóstico da asma é feito clinicamente, com base na entrevista médica que identifica um padrão de sintomas recorrentes compatíveis com a doença. Exames complementares, como prova de função pulmonar (espirometria), radiografia e tomografia de tórax, são importantes para apoiar o diagnóstico e excluir outras doenças respiratórias. Exames laboratoriais de sangue ajudam a identificar o tipo de asma (fenótipo) — se alérgico ou não alérgico — e descartam outras condições com sintomas respiratórios semelhantes.

Tratamento

A asma é caracterizada pela inflamação dos brônquios, agravada por fatores como alergias, infecções, variações climáticas, poluição e tabagismo. O tratamento visa reduzir essa inflamação por meio de medicamentos, mudanças de hábitos, cuidados ambientais e prática regular de atividades físicas.

Os medicamentos mais utilizados incluem corticoides inalatórios, broncodilatadores e antialérgicos. É importante ressaltar que os corticoides inalatórios são seguros, pois agem diretamente nos pulmões, com poucos efeitos sobre outros órgãos. O uso de corticoides orais ou injetáveis deve ser restrito a situações de crise e sempre sob orientação médica. Pacientes com asma grave podem ser candidatos a terapias imunobiológicas, que são indicadas para casos em que, mesmo com tratamento adequado, as crises continuam frequentes.

Cuidados Ambientais para Prevenção

O controle do ambiente é essencial para a prevenção de crises, já que a maioria dos asmáticos tem alergia a ácaros, microrganismos que vivem em locais com poeira e se alimentam de restos de pele humana. Para evitar a proliferação de ácaros, é importante manter a casa bem arejada e expor roupas e objetos à luz solar. Lave edredons e roupas de frio ao final do inverno, guarde-os em sacos plásticos, troque travesseiros a cada dois anos e aspire regularmente sofás e tapetes. Caso tenha dificuldade com esses cuidados, opte por móveis impermeáveis e evite o uso de tapetes e cortinas.

Prevenção

• Avaliação médica regular e adesão ao tratamento para prevenir crises;
• Cuidados ambientais adequados;
• Vacinação contra gripe, COVID-19 e pneumonia;
• Prática de exercícios regulares, caso a asma esteja controlada;
• Controle do peso;
• Evitar exposição ao cigarro e ao cigarro eletrônico (vape, pod, etc.).

Erros mais comuns no manejo da asma

• Uso apenas de salbutamol (Aerolin):
  O salbutamol, conhecido como "bombinha", é essencial para o alívio das crises, mas não trata a inflamação subjacente nos brônquios. Usá-lo de forma isolada pode agravar o quadro, sendo necessário o uso de medicamentos anti-inflamatórios no tratamento regular.
• Injeções de corticoide na farmácia:
  Injeções como Diprospan e Beta-trinta são inadequadas para o tratamento de asma, pois têm efeito prolongado e podem causar efeitos colaterais graves, como obesidade, diabetes, osteoporose e estrias.
• Uso de corticoides orais por conta própria:
  Xaropes ou comprimidos de corticoide também devem ser evitados devido aos seus potenciais efeitos colaterais, como os injetáveis.
• Uso de óleos essenciais e aromatizadores:
  Esses produtos podem desencadear crises de broncoespasmo em pessoas com asma. Embora possam trazer sensação de relaxamento, não há evidências científicas de que ajudem no controle da doença.
• Homeopatia:
  Ainda que alguns pacientes procurem a homeopatia, não há evidências científicas de que essa abordagem traga benefícios no tratamento da asma.